Categoria: Páscoa 2025

  • “O Papa morreu, viva o Papa!” – A Sucessão Apostólica e a Continuidade da Igreja

    “O Papa morreu, viva o Papa!” – A Sucessão Apostólica e a Continuidade da Igreja


    A frase tradicional “O Rei morreu, viva o Rei!”, utilizada para marcar a imediata transição de poder entre monarcas, ganha novo significado quando aplicada à Igreja Católica, especialmente em momentos de luto e esperança como a morte de um Papa.

    No caso do falecimento do Papa Francisco, o coração da Igreja se enche de tristeza pela perda de um sucessor de Pedro, mas ao mesmo tempo se volta para a certeza da continuidade da missão confiada por Cristo à sua Igreja: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18).

    Assim, ao dizer “O Papa morreu, viva o Papa!”, não negamos a dor da despedida, mas afirmamos a fé na sucessão apostólica: a convicção de que a autoridade espiritual conferida por Cristo aos Apóstolos — e, de modo especial, a Pedro — continua viva por meio da eleição de um novo Pontífice. A Cátedra de Pedro pode ficar momentaneamente vazia, mas a missão não cessa, pois a Igreja é conduzida pelo Espírito Santo e permanece firme em sua identidade e missão evangelizadora.

    Essa expressão simboliza a transição sem ruptura, a tradição viva da Igreja que, mesmo em meio à perda, reafirma: a barca de Pedro continua sua travessia. O Papa Francisco parte para a Casa do Pai, mas a Igreja, una, santa, católica e apostólica, prepara-se para acolher aquele que, escolhido em oração e discernimento, será o próximo a dizer ao mundo: “Eis-me aqui, servo dos servos de Deus.”