Categoria: Eucaristia

  • Partes da Santa Missa

    Partes da Santa Missa

    Partes da Santa Missa- Ritos Iniciais

    A PROCISSÃO DE ENTRADA: CAMINHO DE FÉ E MISTÉRIO

    Continuamos a série sobre a Sagrada Eucaristia. Todos os posts são baseados na catequese sobre Eucaristia ministrada pelo Padre Artur Karbowy, S.A.C..

    Os textos são publicados uma vez por semana! Façam uma boa leitura.

    Mais que um simples trajeto até o altar, é o começo de uma batalha espiritual e de uma jornada com Deus.A procissão de entrada na Santa Missa não é um detalhe logístico. Ela carrega profundos significados espirituais e simbólicos. A palavra “procissão” vem do latim procedere, que significa prosseguir, caminhar para frente. E é isso que acontece: com incenso, cruz, velas, o Evangelho e o sacerdote, o povo caminha com Cristo rumo ao Mistério Eucarístico.

    Cada elemento carrega um sinal:

    – Incenso: representa a oração que sobe ao céu e prepara nosso coração.

    – Velas e cruz: lembram que vamos entrar no mistério da morte e ressurreição de Cristo.

    – Livro do Evangelho: sinal de que o próprio Cristo vai nos ensinar.

    – Sacerdote: é “tirado do meio do povo” (Hb 5,1) para ser a mão de Deus naquele momento, mas retorna ao povo após cumprir sua missão.

    Essa caminhada é imagem da peregrinação do povo de Israel rumo à Terra Prometida e também da procissão ao redor dos muros de Jericó, sinal da luta espiritual contra o mal que Jesus vence por nós na Eucaristia.

    Mesmo quando silenciosa, essa entrada é cheia de sentido: nela começamos nossa peregrinação interior, conduzidos por Cristo, que nos liberta, ensina e se oferece por nós.

    Em cerca de 15 segundos, vivemos séculos de história da salvação. A Missa é assim: cheia de sinais visíveis que revelam verdades invisíveis.

  • O Nome – Eucaristia

    O Nome – Eucaristia

    Continuamos a série sobre a Sagrada Eucaristia. Todos os posts são baseados na catequese sobre Eucaristia ministrada pelo Padre Artur Karbowy, S.A.C..
    Os textos serão publicados uma vez por semana! Façam uma boa leitura.

    O texto explica a origem e o significado dos diversos nomes dados ao sacramento da Eucaristia, cada um refletindo aspectos diferentes dessa celebração central da fé cristã.

    • Eucaristia: Palavra de origem grega que significa “ação de graças”. Deriva das orações judaicas da Ceia Pascal, onde Jesus, durante a Última Ceia, deu graças a Deus. Esse nome expressa a atitude de gratidão que o cristão deve ter diante de Deus, reconhecendo que tudo o que possui vem Dele.
    • Santo Sacrifício: Refere-se ao sacrifício de Jesus na cruz, perpetuado na Missa. Assim como os judeus ofereciam sacrifícios a Deus, na Eucaristia, os cristãos fazem memória do sacrifício de Cristo, que se entregou totalmente por amor.
    • Partilha do Pão: Termo que destaca o gesto de Jesus na Última Ceia, ao partir o pão e distribuí-lo aos discípulos. Simboliza comunhão, unidade e amor fraterno entre os membros da comunidade cristã.
    • Assembleia Santa (Synaxis): Expressa o sentido de união sagrada dos fiéis durante a celebração, onde todos se reúnem em torno da Palavra e do Altar. É um encontro sagrado, onde os fiéis se aproximam de Deus e uns dos outros.
    • Santa Missa: Nome mais popular, derivado da expressão latina “Ite missa est” (“Ide, a missão está concluída”), dita no final da celebração. Indica que os fiéis são enviados a viver no mundo os ensinamentos recebidos, levando a presença de Cristo às suas realidades.
    • Liturgia: Vem do grego leitourgia, que significa “obra do povo” ou “obra para o povo”. Inicialmente um termo secular, passou a designar o serviço sagrado. Na Missa, é Deus quem age em favor do povo, realizando obras de graça e santificação.

    O texto conclui que todos esses nomes refletem aspectos distintos, mas complementares, da Eucaristia, revelando sua riqueza espiritual, teológica e comunitária. A Missa não é apenas um ritual interno da Igreja, mas um encontro com Deus que transforma a vida dos fiéis e os envia ao mundo como testemunhas de sua graça.

  • Por que devemos fazer silêncio e ter espírito de oração para receber a eucaristia?

    Por que devemos fazer silêncio e ter espírito de oração para receber a eucaristia?

    Fazer silêncio e cultivar um espírito de oração antes de receber a Eucaristia é essencial porque nos prepara interiormente para esse encontro profundo com Cristo. O silêncio ajuda a aquietar os pensamentos dispersos e a afastar as distrações do cotidiano, permitindo que o fiel entre em comunhão com o mistério que está prestes a viver. Na tradição católica, a Eucaristia não é apenas um rito simbólico, mas a presença real de Jesus Cristo. Por isso, é necessário um coração recolhido, atento e reverente para acolhê-Lo dignamente.

    O espírito de oração é o meio pelo qual nos abrimos à ação da graça de Deus. Estar em atitude orante significa reconhecer nossa pequenez diante da grandeza do Sacramento e nos colocar em disposição humilde, adoradora e agradecida. A oração nos une a Cristo e nos lembra que a comunhão eucarística é também comunhão com a Igreja e com os irmãos. Sem esse espírito, a recepção da Eucaristia corre o risco de se tornar um gesto mecânico e vazio de significado espiritual.

    Além disso, o silêncio e a oração ajudam a despertar em nós a fé no mistério da transubstanciação — a mudança do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Cristo. Esse é um mistério que ultrapassa a razão e só pode ser acolhido pela fé. O recolhimento prepara a alma para reconhecer essa presença real, favorecendo uma comunhão mais consciente, frutuosa e transformadora. A liturgia ensina que “quem comunga deve estar em estado de graça”, e o recolhimento favorece esse exame interior e disposição sincera.

    Após a comunhão, o silêncio continua sendo fundamental para uma boa ação de graças. Nesse momento íntimo, Cristo está presente de forma especial na alma do fiel, e é um tempo precioso para adorá-Lo, agradecê-Lo e apresentar-lhe nossos pedidos. A ação de graças não deve ser apressada nem superficial: é o prolongamento do encontro eucarístico e o início da missão de viver no dia a dia os frutos desse sacramento.

    Portanto, o silêncio e a oração antes, durante e depois da Eucaristia são expressões de reverência e amor a Cristo. Eles nos permitem viver a missa como um verdadeiro encontro com Deus, com profundidade e devoção. Sem esse preparo espiritual, corre-se o risco de banalizar o mistério e perder os frutos da graça. A comunhão eucarística é fonte de santidade, mas é preciso aproximar-se dela com fé viva, coração puro e alma atenta.

  • Como se Vestir para ir à Igreja?

    Como se Vestir para ir à Igreja?

    Continuamos a série sobre a Sagrada Eucaristia. Todos os posts são baseados na catequese sobre Eucaristia ministrada pelo Padre Artur Karbowy, S.A.C..
    Os textos serão publicados uma vez por semana! Façam uma boa leitura.

    Desde que me lembro, seja nas conversas com pessoas ou em vários fóruns ou sites católicos, houve discussões ferozes sobre como se vestir para ir à igreja. Certamente, não se trata de sacerdotes celebrando a Eucaristia, mas dos fiéis que dela participam. Sinceramente, admito que duas coisas me incomodam nessas discussões.

    A primeira é uma abordagem do traje para a missa que tenta estabelecer cânones e limites rígidos e cuidadosamente definidos. Por exemplo, tenta determinar o comprimento das saias, a largura dos decotes, a altura de um ombro aberto ou o corte da roupa. Isso é obviamente absurdo e completamente desnecessário. Por outro lado, no entanto da mesma forma irritante é a abordagem que poderia ser resumida na frase: “Tudo o que eu vestir vai ficar bem, porque vou encontrar Deus, e Deus me ama, então tudo o que eu vestir, Ele vai aprovar”. Claro, é verdade que Deus nos ama em todas as situações, mas é um absurdo e impróprio usar tal argumento na questão de vestir-se para a igreja.

    Quando alguém ora sozinho, em casa ou em qualquer outro lugar fora da igreja, ele pode se vestir como quiser, mas a Eucaristia é outra coisa. Na minha opinião, nenhum desses extremos é bom, porque na hora de escolher o traje para a missa, é preciso lembrar que a Eucaristia tem um duplo sentido – é festa e sacrifício.

    A festa significa um encontro especial, não nossa oração particular em paz. Claro, não se trata de negar o valor da oração pessoal, mas de reconhecer que esses são dois tipos de reuniões. Para entender isso melhor, podemos compará-lo aos relacionamentos humanos. A oração privada é semelhante ao encontro normal com um amigo quando nos sentamos com ele em algum lugar tomando um café em casa ou quando vamos passear juntos. Lá, podemos nos vestir à vontade, como nos sentirmos confortáveis e como quisermos. Por outro lado, a Eucaristia é uma reunião especial que lembra a festa de aniversário de um amigo, que não convém vir de sunga. Existe um código de vestes especiais para ocasiões especiais. Ainda mais! Entre as ocasiões especiais, há ocasiões ainda mais especiais.

    Por exemplo, uma coisa é um aniversário e outra coisa é um casamento. Você pode vir para o aniversário vestido adequadamente, mas essa roupa não serve para um casamento onde o chique e a elegância se unem. O vestido deve ser adequado para a ocasião – isso também deve ser lembrado quando formos à Eucaristia. Ela é um evento especial e único para o qual você também precisa se preparar em termos de roupas.

    Usando esta forma de pensar sobre a Eucaristia, pode-se facilmente determinar como ela deve ser. Por exemplo, quando vamos à missa em um dia de semana, vestimo-nos bem e ordenadamente, isto é, não de bermuda ou camiseta com alças. Mas quando escolhemos roupa para o domingo, portanto solene e especial, Eucaristia, vestimos algo festivo. Ainda mais quando há solenidade religiosa, como a Páscoa ou o Natal, esses dias realmente chegam ao nível de um casamento e você tem que estar vestido de forma absolutamente excepcional e elegante. O amor é a chave para pensar sobre a roupa para a Eucaristia, e não vários argumentos corporais como: “Quando você mostra um pouco de corpo, você assim tentará alguém”.

    A categoria mais importante na escolha do traje para a missa é a consciência de que estou encontrando alguém que amo muito. Portanto, quando planejamos reuniões sociais privadas, como orações pessoais, podemos nos vestir como quisermos. Porém, quando chegamos a uma celebração especial, a Eucaristia, que é uma festa, mas também o sacrifício, então algo muito sério, santo, porque relacionado à memória da morte de Jesus, não podemos vestir qualquer coisa. Afinal, não vamos escolher bermuda para um funeral, e a missa tem esse aspecto também, porque torna presente a paixão e a morte de Jesus. Claro, sabemos que termina com a ressurreição, portanto algo extremamente alegre e digno de ser celebrado, mesmo assim é algo difícil e sério, e por isso exigindo respeito também por nossos trajes. Nem é para excessivamente estabelecer regras, nem liberdade total em matéria de roupa na missa. O único critério é o amor. Mas, e se formos à igreja por acaso? Muitas vezes me deparo com dúvidas sobre como nos comportar quando uma determinada coincidência nos dá vontade de ir à missa ou adoração, mas não teremos as roupas adequadas. Essas situações acontecem com bastante frequência. Por exemplo, em um lindo dia de sol, alguém saiu com amigos para passear. Pelo fato de estar quente, todos usavam shorts ou vestidos de verão. De repente, eles tiveram a ideia de que iriam à igreja porque durante a conversa, descobriram que alguém realmente precisava de oração, então decidiram que vão imediatamente. Era um dia normal, então eles não tinham planejado isso com antecedência. Eles podem então entrar na igreja se não tiverem o vestido adequado?

    Eles têm que ir para casa e mudar para poder entrar na igreja? Claro, eles podem entrar e não precisam trocar de roupa. Se alguém souber que ele tem planejado participar na missa, ele deve, claro, vestir-se adequadamente, mas se a entrada na igreja para a oração ou a eucaristia não foi planejada, alguém não poderia prever, claro que ele pode estar lá e rezar. Em tal situação, a questão mais importante é sempre a questão do amor ao Senhor Jesus e como em um determinado momento ele pode ser mostrado.

  • A Eucaristia – Cores Litúrgicas

    A Eucaristia – Cores Litúrgicas

    Continuamos a série sobre a Sagrada Eucaristia. Todos os posts são baseados na catequese sobre Eucaristia ministrada pelo Padre Artur Karbowy, S.A.C..
    Os textos serão publicados uma vez por semana! Façam uma boa leitura.

    Cores das Vestes Litúrgicas

    Antes de algumas palavras sobre as cores das vestes litúrgicas, é hora de uma pequena digressão sobre a “moda” litúrgica de hoje. Infelizmente, é triste dizer que os trajes litúrgicos em muitas paróquias são terríveis. Muitas vezes são feitos de algum material de muito má qualidade e decorados com elementos que servem mais para carnaval do que a liturgia. Assim as vezes temos algumas vestes litúrgicas feitas de material totalmente não adequado, que são feias e para elas foram atribuídos alguns símbolos sagrados. Assim podemos encontrar o tecido mais barato, elementos brilhantes horríveis, símbolos patrióticos completamente desnecessários. Deve haver uma cruz na casula. Claro, se motivos delicados relacionados ao Espírito Santo, a Trindade, Maria ou os santos são costurados nele, não há nada de errado com isso. As casulas devem, no entanto, ser o mais simples possível, com uma cruz como seu elemento mais importante e feito de bom material. Sei que nas lojas com artigos devocionais não há muita escolha em termos de casulas bonitas e boas, porque há muito “carnaval” nelas… Às vezes penso comigo mesmo que quando Jesus olha nossas casulas, é claro que está com amor, mas diz: “Filho, o que você está vestindo? Como você definiria a sua aparência? Você simplesmente brilha como uma árvore de Natal”.

    Como todos sabemos muito bem, as vestes litúrgicas mudam de cor durante o ano. Tanto as casulas como toalhas do altar, dependendo da época do ano litúrgico e das festas, aparecem na liturgia em cores diferentes. Então, vamos tentar ver por que isso acontece, quando as diferentes cores são usadas e qual é o seu significado.

    O Verde

    O primeiro é verde. A cor verde é atribuída ao chamado período ordinário, comum, ou seja, a todos os dias do ano que não sejam dias extraordinários – em todos os dias da semana que não sejam Quaresma, Páscoa, Natal, Advento ou outras festas, o sacerdote usa as vestes para a Missa de cor verde. Esta cor significa simplesmente esperança e nossa expectativa de todo o bem da mão de Deus. Eu gosto muito do período comum.

    Recordo que um nosso já falecido padre, que no fim da sua vida assistia à Eucaristia apenas do seu quarto, nos viu entrando em casulas verdes – porque acabava de terminar o tempo festivo da liturgia e começara o período comum – dizia sempre: “Enfim, que bom que não estejamos celebrando o Senhor Jesus, pequeno, grande, sofredor ou ressuscitado, mas enfim todo”.

    Gosto desta forma de ver o verde, o tempo do cotidiano na Igreja. Afinal, não é um período de menor importância nos mistérios, mas um tempo em que podemos desfrutar de todos os mistérios, ou seja, de todas as riquezas do que Deus fez por nós. É isso que está por trás da cor verde.

    O Branco

    Outra cor das vestes litúrgicas é o branco. A cor branca é usada durante o tempo da Páscoa, ou seja, por seis semanas, a partir da Páscoa, durante o Natal, ou seja, desde a celebração do Natal até o domingo do Batismo do Senhor, bem como em todas as festas de Jesus não relacionadas à Sua Paixão, em todas as festas em que se lembrem de Maria e santos, mas aqueles que não são mártires. Geralmente o branco é uma cor festiva. Simboliza inocência, pureza, vitória, tudo que foi lavado da sujeira do pecado, o que é simplesmente sagrado. Às vezes, durante as grandes celebrações, os padres vão à missa em casulas de ouro ou em casulas brancas com elementos dourados. Claro, não há cor dourada na liturgia. Sua aparência é, na verdade, uma variante litúrgica branca, que, devido ao alto nível da cerimônia, foi enfatizada com decorações.

    É importante lembrar também que o branco na liturgia é a cor que substitui todas as outras. Na prática, isso significa que quando a cor adequada das vestimentas não estiver disponível por algum motivo, ela sempre pode ser substituída por vestimentas brancas, independentemente do período litúrgico.

    O Vermelho

    Além do verde e do branco, a Igreja também usa o vermelho. Esta cor das vestes litúrgicas está associada ao Espírito Santo e ao martírio. Por isso usamos o vermelho quando nos lembramos dos santos que foram mártires, porque o vermelho significa sangue derramado por Cristo, e quando celebramos festas relacionadas ao Espírito Santo, por exemplo, Pentecostes. Acho que essas duas realidades – o Espírito Santo e o martírio – estão intimamente relacionadas. É impossível morrer pela fé e em nome de Cristo, se antes o Espírito Santo não virá verdadeiramente a nós e tocará nossas vidas com Seu poder. Curiosamente, também na Sexta-Feira Santa é usado vermelha, o que nos lembra a morte de Jesus naquele dia, ou seja, dando vida e derramando Seu Sangue para que possamos receber uma nova vida no Espírito Santo.

    O Roxo

    A cor roxa também aparece na liturgia em dois tempos do ano. É, claro, durante o Advento e a Quaresma. O roxo simboliza arrependimento e expectativa. É a cor da humilhação, da conversão, da mortificação e ao mesmo tempo da espera das mudanças. Esta cor também é usada durante as missas pelos falecidos, ou seja, em novembro, em torno do Dia de Finados, e durante os funerais. Preto é uma cor fúnebre, mas raramente é usada.

    O Rosa

    Entre as cores das vestes litúrgicas, há outra cor muito especial que só aparece duas vezes por ano – no terceiro domingo do Advento e no quarto domingo da Quaresma, chamado respectivamente de “Gaudete” e “Laetare”, o sacerdote usa vestimentas rosa. Esses dois domingos são os chamados Domingos da Alegria, que ocorrem na metade desses períodos especiais. A Igreja ilumina levemente as vestes roxas do Advento e da Quaresma com rosa, como se dissesse: “Vamos e estamos realmente perto. Você tem que estar feliz porque em breve chegaremos ao nosso destino”.

    O texto de hoje é a transcrição fiel do original.

  • Eucaristia – Paramentos Litúrgicos: Significado, História e Espiritualidade

    Eucaristia – Paramentos Litúrgicos: Significado, História e Espiritualidade

    Continuamos a série sobre a Sagrada Eucaristia. Todos os posts são baseados na catequese sobre Eucaristia ministrada pelo Padre Artur Karbowy, S.A.C..
    Os textos serão publicados uma vez por semana! Façam uma boa leitura.

    O texto explora os paramentos litúrgicos usados na celebração da Eucaristia: casula, estola, alva e amito, abordando sua origem, evolução histórica e profundo simbolismo espiritual.

    A casula deriva da “paenula” romana, usada por todos, inclusive cristãos dos primeiros séculos. Inicialmente, padres não se diferenciavam dos fiéis por roupas, mas pela vida e missão. Com o tempo, especialmente após a queda do Império Romano, as vestes clericais se tornaram distintivas, culminando no formato “violino tridentino” no Concílio de Trento. Atualmente, as casulas retornaram a formas mais leves e simples, mantendo a cruz como símbolo essencial do sacerdócio.

    A estola é obrigatória para o sacerdote celebrar a Missa. De origem incerta, simboliza o “casamento” com Cristo e a autoridade de proclamar a Palavra. Ela lembra a missão e a humildade do sacerdote perante os mistérios de Deus.

    A alva, a túnica branca, representa a pureza batismal e a graça santificante recebida no batismo, sendo usada por todos os ministros na liturgia. Normalmente é cingida com o cíngulo, simbolizando prontidão para o serviço de Deus.

    O amito, hoje raro, é um tecido colocado sobre os ombros, lembrando o “elmo da salvação” (Ef 6,17), proteção espiritual contra tentações.

    Faz-se aqui, uma pequena critica a “moda litúrgica” atual que, em alguns casos, descaracteriza a dignidade das vestes. Ressalta que as casulas devem ser feitas com materiais de qualidade, simples, com a cruz como destaque principal.

    As cores litúrgicas variam conforme o tempo e as festas da Igreja, indicando visualmente os momentos de alegria, penitência, luto e glória no ciclo litúrgico.

    Conheceremos um pouco mais das cores litúrgicas no próximo post.

    Boa leitura!