Categoria: Os Papas

  • O Que é a Férula Papal

    O Que é a Férula Papal

    Férula papal (do latim férula pontificalis: bastão pontifical) é uma insígnia papal, em forma de bastão alto, encabeçado por uma cruz.

    Rower (1947), o define como um bastão, análogo ao cetro real, que desde a Idade Média era colocado na mão do papa, depois de sua eleição, para significar o seu poder espiritual e temporal.

    A férula é usada durante algumas celebrações litúrgicas. É semelhante ao báculo pastoral do bispo, mas, diferentemente deste, possui na extremidade superior uma esfera de metal precioso que suporta uma cruz (a qual com um ou três braços horizontais) ou um crucifixo.

    A férula papal é o báculo pastoral característico do Papa, também chamado de Cruz do Pescador . Em vez de ser curva, como o báculo episcopal, na extremidade tem uma cruz. Alguns papas usaram a férula terminada em cruz latina, outros em crucifixo.

    O papa Paulo VI, depois de sua eleição em 1963, encomendou ao escultor napolitano Lello Scorzelli um bastão pastoral para as celebrações litúrgicas solenes. Esta obra, em prata, tomou da férula tradicional a forma de cruz, acrescentando-lhe o crucifixo. Paulo VI usou essa insígnia, pela primeira vez, por ocasião do encerramento do Concílio Vaticano II, em 8 de dezembro de 1965. Mais tarde, ele a usou de forma análoga ao báculo episcopal. Paulo VI e João Paulo II usaram em certas ocasiões a cruz tríplice, com três travessas de comprimentos diferentes, chamada de cruz papal.

    Mais recentemente, papa Francisco, por seu jeito mais simples e despojado, preferiu o metal menos nobre, portava a insígnia de prata.

    Uso litúrgico da férula

    Os momentos litúrgicos da Missa nos quais o Papa porta, na mão esquerda, a férula são:

    • Procissão de entrada.
    • Proclamação do Evangelho.
    • Homilia.
    • Eventuais ritos sacramentais.
    • Procissão de saída.

    Catequese – Igreja católica – Insígnias e vestes papais – Tipos de Cruz

  • “O Papa morreu, viva o Papa!” – A Sucessão Apostólica e a Continuidade da Igreja

    “O Papa morreu, viva o Papa!” – A Sucessão Apostólica e a Continuidade da Igreja


    A frase tradicional “O Rei morreu, viva o Rei!”, utilizada para marcar a imediata transição de poder entre monarcas, ganha novo significado quando aplicada à Igreja Católica, especialmente em momentos de luto e esperança como a morte de um Papa.

    No caso do falecimento do Papa Francisco, o coração da Igreja se enche de tristeza pela perda de um sucessor de Pedro, mas ao mesmo tempo se volta para a certeza da continuidade da missão confiada por Cristo à sua Igreja: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18).

    Assim, ao dizer “O Papa morreu, viva o Papa!”, não negamos a dor da despedida, mas afirmamos a fé na sucessão apostólica: a convicção de que a autoridade espiritual conferida por Cristo aos Apóstolos — e, de modo especial, a Pedro — continua viva por meio da eleição de um novo Pontífice. A Cátedra de Pedro pode ficar momentaneamente vazia, mas a missão não cessa, pois a Igreja é conduzida pelo Espírito Santo e permanece firme em sua identidade e missão evangelizadora.

    Essa expressão simboliza a transição sem ruptura, a tradição viva da Igreja que, mesmo em meio à perda, reafirma: a barca de Pedro continua sua travessia. O Papa Francisco parte para a Casa do Pai, mas a Igreja, una, santa, católica e apostólica, prepara-se para acolher aquele que, escolhido em oração e discernimento, será o próximo a dizer ao mundo: “Eis-me aqui, servo dos servos de Deus.”